31/03/2014

o andor

aspirante ou tradutor iniciante: quando você, por qualquer razão que seja (espera-se, em geral, que seja por seus méritos), tem a sorte ou a eventualidade de ser indicado por alguém, minha sugestão é: não tome a iniciativa ou a disponibilidade de te indicarem a uma editora como nada líquido e certo - não significa que você se tornará "tradutor profissional" da noite para o dia - significa apenas que tem alguém disposto a bancar você. é um mercado difícil, competitivo e, se deixar, muito arrochado. o mundo não se fez num dia. mas ainda continuo a achar o mercado editorial um dos mais flexíveis, num mundo tão dominado por especialidades reais ou supostas. ainda é um mundo onde inteligência e dedicação podem ter valor.

19/03/2014

caso verídico



eu, tradutora querendo criar uma relação profissional com uma editora:

em meus primeiros contatos com você, que é a editora da casa, que nunca me viu mais gorda, encho meu e-mail de "vc", de "rsrsrs", digo que quero muito trabalhar, que espero uma relação "legal" entre "vc e eu", perpetro algumas barbaridades verbais, ressalto que nunca traduzi quase nada, não anexo currículo, por pequeno que seja, só boto uns links e olhe lá, ainda sou capaz de soltar como despedida um sorrisinho tipo dois-pontos-tracinho-fecha-parênteses. mando meu tão alegrinho e espontâneo e-mail, parecendo uma postagem de facebook, e depois fico esperando receber o teste que até me dispus a fazer, se "vc" quiser.

bom, talvez eu não me tenha dado conta, mas FIZ o teste. só não passei.